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Companheiros e Amigos,

Bom dia a todos!

Quis saber quem sou, o que faço aqui?

Estas são as dúvidas que me assaltam, em tempos de mudança

Vivemos num tempo de acelerada destruição do território, paulatina e silenciosa. Por isso, os menos atentos não dão nota dela. Contudo, não é mais possível continuar a fazer urbanizações e pólos empresariais do meio do nada, onde é necessário dotá-las de água, esgotos, comunicações, iluminação pública, estradas, passeios. Depois, é claro que é impossível oferecer transporte público decente num território que cresce e se espalha como uma mancha de óleo. Resultado: O automóvel particular passou a ser um “luxo” indispensável.

Para responder a esta demanda crescente, é necessário construir mais estradas, viadutos, rotundas, sacrificando SEMPRE áreas naturais e o espaço público! Quando não são no meio de nenhures, constrói-se em todo o lado, impermeabilizando os solos em leitos de cheias, em zonas costeiras com risco de galgamentos marítimos e em locais com histórico de grandes inundações, pondo em risco pessoas e bens!

A chancela Valley omnipresente mais parece uma marca de uma agência imobiliária de luxo, e os grandes empreendimentos aí estão: Uns em fase de projecto outros já em Construção: 
  • Em Linda a Velha: O Jardim Miraflores
  • Na Cruz Quebrada: Temos o Porto Cruz
  • No Dafundo: A Quinta do Cedro e o Palácio dos Viscondes da Foz também estão ameaçados!
  • Em Miraflores, junto ao parque urbano, no Parque dos Cisnes, estão aprovadas 21 torres de 14 pisos, a primeira já em construção! Vão ser mais de 900 apartamentos, numa gigantesca muralha de betão!
  • E o que está idealizado para as “Portas de Algés” nos terrenos da antiga Praça de Touros? Pouco se sabe…

Como é que as infra-estruturas existentes, muitas delas já de si saturadas, vão dar resposta às milhares de pessoas e respectivos carros que virão estabelecer-se aqui?

Associado a isto temos uma péssima noção de espaço público pois o automóvel domina todo o desenho urbano. A ausência de ciclovias em Oeiras é trágica, porque provoca acidentes e vítimas! As poucas que existem são desconectadas, feitas em cima de passeios, o que provoca conflitos com os peões! A noção de biodiversidade é pervertida com alamedas ladeadas de palmeiras, parques e rotundas ajardinadas com esculturas milionárias, e candeeiros pasme-se: com “flores” de plástico penduradas! 

Assim é o nosso Concelho: Orgulhosamente Valley…

A Oeiraslândia que se está a desenhar, está condenada, porque não se projecta na consolidação e apoio da classe média, nos valores verdadeiramente culturais, na reabilitação patrimonial e regeneração dos solos, nos recursos hídricos e naturais que são os pilares que garantem a resiliência e o desenvolvimento mais modesto, mas mais sustentado: O único com futuro!

A este tipo de “desenvolvimento” digo NÃO!

No passado, esta política de terra queimada, de destruição do território e de um certo deslumbramento de obras faraónicas, era aceite pois não havia consciência das suas consequências: Sociais e Ambientais. O Século XXI traz uma outra visão e novos desafios:

  • Reestruturar as malhas urbanas existentes evitando mais erros urbanísticos, e reabilitar o património arquitectónico, e os centros históricos.
  • Tentar travar os mega empreendimentos imobiliários e proibir de uma vez, a construção em leitos de cheias e em zonas de proteção. 
  • Regenerar as ribeiras e as linhas de água e aumentar a biodiversidade.
  • Fomentar projetos de habitação para a classe média
  • Coordenar com as operadoras melhores transportes públicos.
  • Criar uma rede de ciclovias segura 
  • Promover a total transparência nos processos administrativos e urbanísticos
São estes alguns dos compromissos da Coligação Evoluir Oeiras. Nas Freguesias há também muito trabalho a fazer. Por isso:
  • Vou estar atento aos problemas dos Bairros 25 de Abril em Linda-a-Velha e Clemente Vicente no Dafundo
  • Vou trabalhar em permanente diálogo com as associações culturais, instituições, clubes desportivos e potenciar as suas acções junto da população
  • Vou promover encontros de diversidade das minorias LGBT, comunidades de emigrantes e outros
  • Vou criar parcerias com instituições de apoio aos idosos e pessoas carenciadas
  • Vou dialogar com as escolas para fomentar o seu papel junto da população não escolar
  • Vou fazer um inventário dos espaços pertencentes às Juntas de Freguesias que estão fechados e pô-los ao serviço das populações!
  • Vou incentivar o andar a pé e o uso de bicicletas.
  • Vou incrementar o desporto na rua para jovens adultos e seniores e promover de estilos de vida saudável e apoio à saúde mental  
  • Vou implementar políticas de envelhecimento ativo com diversas instituições que permitam uma vivência intergeracional.
  • Vou exigir a reabilitação do Mercado de Linda-a-Velha e apoiar o Orçamento Participativo que nunca chegou a ser implementado
  • Vou fazer pressão junto da Câmara Municipal para reabilitar as praias de Algés Cruz Quebrada e Dafundo
  • Vou cooperar com projectos e associações que promovam a cultura, as hortas urbanas, a Permacultura, a biodiversidade e defesa dos direitos dos animais.
Quero ainda:
  • Recuperar o projecto “Histórias de vida” de Algés e alargá-lo às restantes Freguesias
  • Ter música, bailes, cinema e outros eventos regulares nas ruas e praças em parceria com a Escola de Música Nossa Senhora do Cabo, o Centro Comunitário de Linda-a-Velha, a Fábrica de Alternativas em Algés entre outras organizações.

Estou motivado e em condições de responder a estes desafios! Contando claro está com toda esta fantástica equipa! porque é preciso mesmo, Evoluir Oeiras! 

Termino com um sonho: Onde hoje existem ruas e praças cobertas de carros, gostaria de voltar a ver brincadeiras animadas em total segurança e liberdade! E uma bola colorida… entre as mãos de uma criança!