A Coligação Evoluir Oeiras defende que Oeiras se deve assumir como exemplo de boas práticas nas áreas do ambiente, justiça social, cidadania e transparência.
Conheça os eleitos pela Coligação Evoluir Oeiras nas eleições autárquicas de 26 de Setembro de 2021. Eles serão a sua voz por mais transparência, pela… Ler mais »eleitos pela Coligação Evoluir Oeiras
Estas são as dúvidas que me assaltam, em tempos de mudança
Vivemos num tempo de acelerada destruição do território, paulatina e silenciosa. Por isso, os menos atentos não dão nota dela. Contudo, não é mais possível continuar a fazer urbanizações e pólos empresariais do meio do nada, onde é necessário dotá-las de água, esgotos, comunicações, iluminação pública, estradas, passeios. Depois, é claro que é impossível oferecer transporte público decente num território que cresce e se espalha como uma mancha de óleo. Resultado: O automóvel particular passou a ser um “luxo” indispensável.
Para responder a esta demanda crescente, é necessário construir mais estradas, viadutos, rotundas, sacrificando SEMPRE áreas naturais e o espaço público! Quando não são no meio de nenhures, constrói-se em todo o lado, impermeabilizando os solos em leitos de cheias, em zonas costeiras com risco de galgamentos marítimos e em locais com histórico de grandes inundações, pondo em risco pessoas e bens!
A chancela Valley omnipresente mais parece uma marca de uma agência imobiliária de luxo, e os grandes empreendimentos aí estão: Uns em fase de projecto outros já em Construção:
Em Linda a Velha: O Jardim Miraflores
Na Cruz Quebrada: Temos o Porto Cruz
No Dafundo: A Quinta do Cedro e o Palácio dos Viscondes da Foz também estão ameaçados!
Em Miraflores, junto ao parque urbano, no Parque dos Cisnes, estão aprovadas 21 torres de 14 pisos, a primeira já em construção! Vão ser mais de 900 apartamentos, numa gigantesca muralha de betão!
E o que está idealizado para as “Portas de Algés” nos terrenos da antiga Praça de Touros? Pouco se sabe…
Como é que as infra-estruturas existentes, muitas delas já de si saturadas, vão dar resposta às milhares de pessoas e respectivos carros que virão estabelecer-se aqui?
Associado a isto temos uma péssima noção de espaço público pois o automóvel domina todo o desenho urbano. A ausência de ciclovias em Oeiras é trágica, porque provoca acidentes e vítimas! As poucas que existem são desconectadas, feitas em cima de passeios, o que provoca conflitos com os peões! A noção de biodiversidade é pervertida com alamedas ladeadas de palmeiras, parques e rotundas ajardinadas com esculturas milionárias, e candeeiros pasme-se: com “flores” de plástico penduradas!
Assim é o nosso Concelho: Orgulhosamente Valley…
A Oeiraslândia que se está a desenhar, está condenada, porque não se projecta na consolidação e apoio da classe média, nos valores verdadeiramente culturais, na reabilitação patrimonial e regeneração dos solos, nos recursos hídricos e naturais que são os pilares que garantem a resiliência e o desenvolvimento mais modesto, mas mais sustentado: O único com futuro!
A este tipo de “desenvolvimento” digo NÃO!
No passado, esta política de terra queimada, de destruição do território e de um certo deslumbramento de obras faraónicas, era aceite pois não havia consciência das suas consequências: Sociais e Ambientais. O Século XXI traz uma outra visão e novos desafios:
Reestruturar as malhas urbanas existentes evitando mais erros urbanísticos, e reabilitar o património arquitectónico, e os centros históricos.
Tentar travar os mega empreendimentos imobiliários e proibir de uma vez, a construção em leitos de cheias e em zonas de proteção.
Regenerar as ribeiras e as linhas de água e aumentar a biodiversidade.
Fomentar projetos de habitação para a classe média
Coordenar com as operadoras melhores transportes públicos.
Criar uma rede de ciclovias segura
Promover a total transparência nos processos administrativos e urbanísticos
São estes alguns dos compromissos da Coligação Evoluir Oeiras. Nas Freguesias há também muito trabalho a fazer. Por isso:
Vou estar atento aos problemas dos Bairros 25 de Abril em Linda-a-Velha e Clemente Vicente no Dafundo
Vou trabalhar em permanente diálogo com as associações culturais, instituições, clubes desportivos e potenciar as suas acções junto da população
Vou promover encontros de diversidade das minorias LGBT, comunidades de emigrantes e outros
Vou criar parcerias com instituições de apoio aos idosos e pessoas carenciadas
Vou dialogar com as escolas para fomentar o seu papel junto da população não escolar
Vou fazer um inventário dos espaços pertencentes às Juntas de Freguesias que estão fechados e pô-los ao serviço das populações!
Vou incentivar o andar a pé e o uso de bicicletas.
Vou incrementar o desporto na rua para jovens adultos e seniores e promover de estilos de vida saudável e apoio à saúde mental
Vou implementar políticas de envelhecimento ativo com diversas instituições que permitam uma vivência intergeracional.
Vou exigir a reabilitação do Mercado de Linda-a-Velha e apoiar o Orçamento Participativo que nunca chegou a ser implementado
Vou fazer pressão junto da Câmara Municipal para reabilitar as praias de Algés Cruz Quebrada e Dafundo
Vou cooperar com projectos e associações que promovam a cultura, as hortas urbanas, a Permacultura, a biodiversidade e defesa dos direitos dos animais.
Quero ainda:
Recuperar o projecto “Histórias de vida” de Algés e alargá-lo às restantes Freguesias
Ter música, bailes, cinema e outros eventos regulares nas ruas e praças em parceria com a Escola de Música Nossa Senhora do Cabo, o Centro Comunitário de Linda-a-Velha, a Fábrica de Alternativas em Algés entre outras organizações.
Estou motivado e em condições de responder a estes desafios! Contando claro está com toda esta fantástica equipa! porque é preciso mesmo, Evoluir Oeiras!
Termino com um sonho: Onde hoje existem ruas e praças cobertas de carros, gostaria de voltar a ver brincadeiras animadas em total segurança e liberdade! E uma bola colorida… entre as mãos de uma criança!
cabeça de Lista da Coligação EVOLUIR OEIRAS à Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Algés Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo
Vivo em Algés desde que nasci, há 43 anos. Em 2005, formei-me em Arquitectura na Universidade Lusíada de Lisboa. Fui aluno do Prof. Gonçalo Ribeiro Telles, que considero uma referência nas áreas do ordenamento do território, do ambiente e da cultura. Tenho trabalhado por conta própria em pequenos projetos e reabilitação.
Em 2010 fiz parte do grupo pioneiro de “Linda-a-Velha em Transição”: Uma iniciativa experimental com ligação à natureza envolvendo a comunidade. Compreendi a importância da Permacultura e das hortas urbanas comunitárias na transformação positiva para uma sociedade mais solidária! Fui membro inicial da “Assembleia Popular de Algés” que deu origem à “Fábrica de Alternativas” em 2013, e mais tarde, do “Desafiar Algés” entre outros projectos. Todas essas experiências fizeram-me ver com clareza, que o desenho urbano e o paradigma de desenvolvimento preconizado para Oeiras já não responde aos problemas Éticos, Sociais e Ambientais do Século XXI e que há modos de fazer diferentes. Sinto-me extremamente motivado em partilhar, investigar e divulgar essa visão transformadora alternativa!
Há mais de 10 anos, descobri as Danças Tradicionais Europeias e comecei a dinamizar bailes nas ruas. Acredito que a felicidade passa essencialmente pela qualidade das relações e dos afectos!
União das Freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo